Horário de Atendimento: Das 9h as 15h | Sede: (67) 3321-2836 | [email protected]
Home Legislação AGU aciona STF contra plataformas digitais por desinformação
Legislação

AGU aciona STF contra plataformas digitais por desinformação

Advocacia-Gera da União argumenta que inércia das empresas em impedir conteúdo ilegal ou fraudulento causa prejuízos à população

88

Plataformas digitais – A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou uma medida cautelar urgente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (26) solicitando que empresas de tecnologia sejam penalizadas pela circulação descontrolada de conteúdos falsos e discursos de ódio.

Na prática, a iniciativa busca mobilizar o sistema judiciário para frear a disseminação de informações falsas e conteúdo perigoso, uma vez que o Legislativo não tem avançado na regulamentação do assunto.

LEIA: Governo lança programa para formar 10 mil profissionais de TI

No documento, a AGU afirma ter detectado ao menos 300 propagandas fraudulentas sobre supostos repasses de recursos a aposentados prejudicados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As publicações, que configuram crimes virtuais, utilizam símbolos oficiais do governo e são patrocinadas para ganhar maior alcance nas plataformas, ou seja, as empresas têm recebido pagamento para impulsionar conteúdo ilegal, o que violaria suas próprias regras.

A AGU argumenta que a passividade das redes sociais diante dessas situações causa prejuízos à população. O texto também menciona o episódio em que uma criança faleceu após participar de um desafio no TikTok que envolvia a inalação de desodorante.

O órgão requer a implementação imediata de trechos de posicionamentos do ministro Dias Toffoli durante debates sobre o Marco Civil da Internet.

Segundo a AGU, “a tese apresentada pelo órgão, alinhada em grande parte ao voto do ministro Dias Toffoli – relator de um dos processos –, defende que empresas que promovem, filtram ou sugerem materiais ilegais devem ser penalizadas mesmo sem aviso prévio da Justiça”.

O ministro Jorge Messias reforça a necessidade de ações para que as plataformas assumam “responsabilidade civil objetiva ao facilitar a divulgação, curadoria ou indicação de conteúdos ilícitos”. Além disso, poderiam ser penalizadas “por tolerar contas falsas ou automatizadas e devem responder conjuntamente com anunciantes em casos de estelionato, racismo, violência de gênero ou infantil, apologia ao suicídio, mau uso de inteligência artificial e informações falsas eleitorais”.

Toffoli será o relator do pedido. Para justificar a urgência, Messias também destaca propagandas ilegais de remédios não aprovados pela Anvisa.

“Quase 70% dos novos anunciantes na Meta veiculam fraudes, produtos proibidos ou de má qualidade”, ressalta a AGU, citando investigação do Wall Street Journal.

(Com informações de g1)
(Foto: Reprodução/Freepik/rawpixel.com)

Posts relacionados

Judiciário aprova novas regras pela inclusão de PCDs em concursos públicos

Candidatos com deficiência poderão contar com ambientes mais adaptados, pausas durante provas...

Classificação indicativa do Instagram no Brasil é aumentada para 16 anos

Ministério da Justiça reclassifica aplicativo citando proteção a adolescentes contra conteúdos sensíveis

STF garante o direito à greve ao anular multa abusiva de 1 milhão

Decisão anulou multa a sindicato e abriu precedente para a garantia do...

Ministério do Trabalho lança boletins de boas práticas em negociações coletivas

Pasta inicia série semanal com exemplos de práticas que promovem equidade, inclusão...