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Cometa 3I/ATLAS exibe cauda maior e emite sinal de rádio

Imagem recente capturada por telescópios na Itália mostra o objeto interestelar em plena evolução, com destaque para o aumento de luminosidade e estrutura da cauda.

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Cometa- Uma nova imagem do cometa 3I/ATLAS mostra que a sua cauda iônica cresceu de maneira notável e ganhou estrutura, sinalizando que o corpo celeste está se tornando mais ativo conforme atravessa a região interna do Sistema Solar.

O registro foi feito pelo Projeto Telescópio Virtual, iniciativa ligada ao Observatório Bellatrix, na Itália, por volta das 0h30 de terça-feira (11). A composição combina 18 exposições de 120 segundos, feitas remotamente a partir de telescópios robóticos localizados em Manciano. Mesmo com o cometa apenas 14° acima do horizonte leste e a Lua 61% iluminada a cerca de 70° de distância, a cauda iônica aparece com clareza e brilho marcante.

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Segundo Gianluca Masi, astrônomo responsável pelo projeto, as condições atmosféricas excepcionais permitiram registrar uma imagem muito mais detalhada do que nas observações anteriores. Ele destacou que a nova captura “mostra a evolução do cometa em detalhes impressionantes”.

A cauda iônica se forma quando a radiação ultravioleta solar retira elétrons das moléculas de gás emitidas pelo cometa, criando íons. Esses íons são então empurrados pelo vento solar, originando uma cauda azulada que aponta sempre na direção oposta ao Sol, ao contrário da cauda de poeira, amarelada e curvada ao longo da trajetória do cometa.

Na nova imagem, o núcleo luminoso aparece cercado por uma coma compacta e uma cauda iônica que se estende por cerca de 0,7 grau no céu. Também é possível identificar uma anticauda tênue, composta por poeira que acompanha a órbita do cometa. O registro confirma aumento de atividade em comparação a observações anteriores.

Sinal de rádio vindo do 3I/ATLAS

Astrônomos também detectaram pela primeira vez um sinal de rádio emitido pelo cometa 3I/ATLAS enquanto ele atravessava a metade de sua rota pelo Sistema Solar.

Embora o evento tenha alimentado especulações sobre uma possível origem alienígena, especialistas asseguram que o fenômeno tem causa natural, compatível com as interações físicas entre o cometa e o vento solar.

Visitante raro

O 3I/ATLAS é o terceiro objeto interestelar já confirmado, depois do asteroide 1I/‘Oumuamua (2017) e do cometa 2I/Borisov (2019). Diferentemente dos predecessores, ele é suficientemente brilhante para ser estudado com detalhes por telescópios terrestres, oferecendo aos cientistas uma rara oportunidade de acompanhar seu comportamento sob a influência solar.

O crescimento de sua cauda indica que gases voláteis, como o dióxido de carbono (CO₂), estão sublimando com maior intensidade. Isso sugere que o cometa contém abundância de gelo de CO₂, informação que pode revelar pistas sobre o sistema estelar de origem e a evolução de cometas em outras regiões da galáxia.

O Projeto Telescópio Virtual continuará observando o 3I/ATLAS durante sua passagem pelo Sistema Solar interno, antes de ele retomar sua rota de volta ao espaço interestelar. Na segunda-feira (17), a plataforma transmitirá ao vivo no YouTube, a partir da 1h15 da manhã, uma nova sessão de observação do cometa.

(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/ultrakant)

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