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Corpo celeste encontrado na Via Láctea intriga astrônomos

Objeto misterioso repete o padrão a cada 44 minutos e pode ser uma estrela, um par de estrelas ou algo ainda desconhecido

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Via Láctea – Astrônomos identificaram um novo e estranho objeto em nossa galáxia, a Via Láctea. O corpo celeste, que pode ser uma estrela, um par de estrelas ou algo totalmente diferente, está emitindo raios X ao mesmo tempo em que dispara ondas de rádio, em um ciclo que se repete a cada 44 minutos durante períodos de intensa atividade.

A descoberta foi relatada por uma equipe internacional em um estudo publicado nesta quarta-feira (28). O objeto está localizado a cerca de 15 mil anos-luz da Terra, em uma região da galáxia repleta de estrelas, gás e poeira.

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De acordo com Ziteng Andy Wang, da Universidade Curtin, na Austrália, o objeto pode ser uma estrela morta altamente magnetizada, como uma estrela de nêutrons (neutron star) ou uma anã branca (white dwarf). “Ou pode se tratar de ‘algo exótico’ e ainda desconhecido”, acrescentou Wang, autor principal do artigo publicado na revista científica Nature.

A emissão de raios X foi registrada por acaso no ano passado pelo Observatório de Raios X Chandra, da Nasa, enquanto observava os restos de uma supernova, a explosão de uma estrela. Essa foi a primeira vez que esse tipo de emissão foi registrado a partir de um objeto raro conhecido como transiente de rádio de longo período, que alterna sinais de rádio em ciclos de dezenas de minutos.

Como a distância exata ainda é incerta, os astrônomos não podem afirmar se o objeto está realmente relacionado à supernova observada. Um ano-luz equivale a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.

A fase de maior atividade do objeto, batizado de ASKAP J1832−091, durou aproximadamente um mês. Fora desse intervalo, não houve emissões significativas de raios X, o que, segundo os cientistas, pode indicar que existam muitos outros objetos semelhantes que ainda não foram detectados.

“Embora nossa descoberta ainda não resolva o mistério do que exatamente são esses objetos — e talvez até o aprofunde —, estudá-los nos aproxima de duas possibilidades”, afirmou Wang. “Ou estamos diante de algo completamente novo, ou estamos observando um tipo já conhecido de objeto que se comporta de uma forma nunca antes registrada.”

O Observatório Chandra, lançado em 1999, opera a dezenas de milhares de quilômetros da Terra e é utilizado para estudar os objetos mais quentes e energéticos do universo.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/Freepik/ranjanabhangi)

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