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Empresas brasileiras de software temem efeitos indiretos do tarifaço dos EUA

Apesar de não serem diretamente afetadas pelas tarifas, empresas impactos em clientes de outros setores, como o agronegócio

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Tarifaço – Apesar de não estar entre os segmentos mais atingidos pelas tarifas de até 50% anunciadas pelos Estados Unidos, empresas de software brasileiras estão preocupadas com os reflexos indiretos da medida. Durante a divulgação de dados do setor nesta quinta-feira (31), a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) abordou essa inquietação e emitiu uma nota oficial sobre o assunto.

O presidente da ABES, Andriei Gutierrez, aponta que o maior risco está nas finanças dos setores que contratam tecnologia. “A principal preocupação é afetar setores econômicos que são nossos clientes”, afirmou Gutierrez.

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Embora nove dos principais produtos exportados pelo Brasil tenham sido excluídos do pacote tarifário, o impacto não deixa de ser expressivo. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, 45% do total vendido aos EUA ainda deve ser atingido pelas novas tarifas.

Essa é justamente a fonte de apreensão, conforme destacou o conselheiro da ABES, Jorge Sukarie. Como o software é classificado como serviço, ele não é alvo direto das tarifas e representa parcela pequena nas exportações brasileiras. “US$ 850 milhões de um mercado de quase US$ 60 bilhões , infelizmente é um volume de exportação de software e serviço não muito expressivo”, disse Sukarie.

Mesmo assim, ele chama atenção para os desdobramentos indiretos da medida. “A gente se preocupa muito com o impacto na economia, especialmente porque o setor de tecnologia tem uma penetração horizontal. Não tem segmento de mercado que não invista em inovação”, afirmou.

Segundo ele, setores como a indústria e o agronegócio, diretamente afetados pelo aumento tarifário, devem cortar gastos, eliminar empregos e reduzir aportes. “Reduzindo receita, essas empresas terão que reavaliar também investimentos. Deixarão de investir numa série de áreas e a tecnologia não passará ilesa”, acrescentou.

Momento positivo

Esse alerta ocorre num momento em que o setor de tecnologia da informação no Brasil vem apresentando desempenho positivo. Conforme números divulgados pela ABES nesta quinta, o setor cresceu 13,9% em 2024 e tem projeção de alta de 9,5% para 2025, segundo o estudo “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2025”.

O relatório aponta diversas tendências que impulsionam esse avanço, como a popularização da inteligência artificial e dos data centers, o crescimento da segurança cibernética em ambientes multicloud e o salto de mais de 40% no número de assinantes de serviços de conectividade via satélites de baixa órbita.

A consolidação dos ambientes híbridos de TI como padrão também se destaca. As estimativas para 2025 apontam US$ 3,5 bilhões investidos em nuvem pública e US$ 1,3 bilhão em data centers. Já os projetos de inteligência artificial, abrangendo infraestrutura, software e serviços, devem alcançar US$ 2,4 bilhões, um crescimento de 30% em comparação com 2024.

Do total de investimentos, quase metade (47,6%, ou US$ 27,9 bilhões) foi direcionada à área de hardware. Já software e serviços de TI representaram, respectivamente, 30,8% (US$ 18 bilhões) e 21,6% (US$ 12,7 bilhões). A região Sudeste continua como líder em aportes, concentrando 60,8% dos recursos.

O levantamento também mostra que o setor de telecomunicações liderou os investimentos em tecnologia em 2024, com 23,2% do total. Logo depois aparecem os segmentos financeiro (17,1%) e industrial (13,9%). Já o setor público ampliou significativamente sua fatia, chegando a 9,8% dos recursos aplicados em software e serviços.

Segundo o estudo, em 2024 havia 41.732 empresas atuando no mercado de TI no país. Dessas, 66,7% se dedicam à criação de software ou à oferta de serviços ligados ao setor. Em um cenário majoritariamente composto por micro e pequenas empresas, a participação de desenvolvedoras de software subiu cinco pontos percentuais. Já as microempresas com até 10 funcionários aumentaram sua representatividade em 14 pontos percentuais.

(Com informações de Convergência Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/DC Studio)

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