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Famílias de celebridades mortas denunciam deepfakes feitos por IA

OpenAI é criticada por vídeos com imagens de artistas falecidos criados por inteligência artificial

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IA – Parentes de Robin Williams, George Carlin e Malcolm X criticam vídeos feitos com o aplicativo Sora, da OpenAI, que usam a imagem de celebridades falecidas

Famílias de celebridades como Robin Williams, o comediante George Carlin e o ativista Malcolm X têm manifestado indignação diante da proliferação de vídeos gerados por inteligência artificial que recriam seus entes queridos.

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O material vem sendo produzido com o novo aplicativo da OpenAI, o Sora, lançado há poucas semanas e que rapidamente se tornou o app mais baixado da App Store nos Estados Unidos. O sucesso, no entanto, veio acompanhado de controvérsias.

Artistas e especialistas em direitos autorais apontam que a plataforma permite a criação de deepfakes de figuras públicas, o que reacendeu o debate sobre privacidade, ética e proteção da imagem. Embora a OpenAI tenha anunciado restrições ao uso de rostos de pessoas vivas, vídeos com personalidades históricas e artistas falecidos continuam circulando amplamente.

Reportagens do The Washington Post e de outros veículos indicam que as famílias das celebridades acreditam que a empresa faz pouco para impedir o uso indevido dessas imagens. No lançamento, a OpenAI havia informado que as limitações não se aplicariam a “figuras históricas”.

Reações de familiares

Na semana passada, Zelda Williams, filha de Robin Williams, publicou um desabafo no Instagram pedindo que os vídeos de IA de seu pai deixassem de ser compartilhados. “Por favor, parem de me enviar vídeos de IA do meu pai”, escreveu.

“Se vocês têm um mínimo de decência, parem de fazer isso com ele, comigo – com todos nós, na verdade. É ridículo, uma perda de tempo e de energia, e, acreditem, NÃO é o que ele gostaria.”

Kelly Carlin, filha do comediante George Carlin, expressou sentimento semelhante em uma postagem no BlueSky, chamando os vídeos de “angustiantes e deprimentes”. Já a filha de Malcolm X disse ao Washington Post que considera “muito desrespeitoso e doloroso ver a imagem do meu pai sendo usada de forma tão leviana e insensível, quando ele dedicou sua vida à verdade”.

Em nota enviada à Fast Company, a OpenAI declarou que “embora existam argumentos de liberdade de expressão ao retratar figuras históricas, acreditamos que figuras públicas e suas famílias devem ter o controle sobre o uso de suas imagens”.

A empresa afirmou ainda que representantes autorizados podem solicitar a remoção desses conteúdos no caso de pessoas públicas falecidas recentemente. Ainda assim, não está claro se a medida será estendida a figuras históricas mais antigas, já que vídeos com Elvis Presley, Michael Jackson e Martin Luther King Jr. continuam disponíveis no aplicativo.

Privacidade e direitos autorais em risco

Especialistas têm alertado para os riscos legais e éticos do Sora. “É como se os deepfakes tivessem ganhado um assessor de imprensa e um contrato de distribuição”, afirmou Daisy Soderberg-Rivkin, ex-gerente de confiança e segurança do TikTok, à rádio pública norte-americana NPR.

“É a amplificação de algo que já era assustador – agora com uma plataforma completamente nova.”

O presidente da Motion Picture Association também criticou a empresa, defendendo que a OpenAI deve assumir a responsabilidade de evitar violações de direitos autorais. “As leis de direitos autorais são claras e protegem os criadores – e isso também se aplica nesse caso”, afirmou em comunicado.

Pesquisadores de desinformação também alertam para o potencial nocivo do uso da ferramenta.

“O Sora não tem qualquer respeito pela história nem compromisso com a verdade”, disse um especialista ao The Guardian. “Quando pessoas mal-intencionadas têm acesso a ferramentas como essa, elas as usam para espalhar o ódio, praticar assédio e incitar a violência.”

(Com informações de Fast Company Brasil)
(Foto: Reprodução/Freepik/user850788)

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