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Maioria das empresas deixa segurança digital de fora do desenvolvimento de novos produtos

Relatório revela nível intermediário do mercado brasileiro quando o assunto é cibersegurança

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Segurança digital – Apenas 35% das organizações no Brasil incluem profissionais de segurança da informação no processo de desenvolvimento de novos produtos, aponta a primeira edição do Relatório Nacional de Cibersegurança, produzido pela Cyber Economy Brasil. O percentual revela que a maior parte do mercado ainda não incorpora o conceito de “segurança por design” e segue exposta a falhas operacionais, aumento de custos e riscos de imagem em um ambiente cada vez mais digitalizado.

O levantamento, base do Índice de Maturidade e Risco Cibernético (IMRCiber), reuniu a opinião de cerca de 350 especialistas e avaliou dez pilares da segurança digital – como governança, cultura, tecnologias aplicadas, continuidade de negócios e inovação. Os resultados indicam que o Brasil opera em um patamar intermediário, com média nacional de 60%, e que os principais entraves estão ligados à liderança, à estratégia corporativa e ao engajamento cultural.

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Segundo o estudo, 83% das empresas não possuem um executivo dedicado à segurança da informação e, em 70% dos conselhos de administração, o tema não aparece com regularidade na pauta. Além disso, só 25% das organizações contam com indicadores estratégicos capazes de medir a eficiência das ações de proteção digital, evidenciando a distância entre a segurança cibernética e a governança.

A pesquisa também revela fragilidades estruturais: quatro em cada dez empresas deixam de realizar análises de impacto nos negócios, enquanto 70% não auditam seus planos de continuidade e recuperação. Apenas 34% dispõem de métricas consolidadas para avaliar a eficácia desses programas, o que reforça que as vulnerabilidades são tanto técnicas quanto culturais.

No plano tecnológico, o país registra avanços pontuais: 87% das organizações têm firewall ativo e 52% já implementam autenticação multifator em sistemas sensíveis. Ainda assim, a lacuna entre disponibilidade tecnológica e aplicação prática persiste — 43% ainda não utilizam Inteligência Artificial de forma operacional, embora 68% reconheçam seu valor estratégico.

Outro ponto crítico evidenciado pelo relatório é a comunicação: 59% das empresas não traduzem riscos cibernéticos para uma linguagem acessível à alta gestão, e 57% não possuem clareza sobre seu próprio apetite de risco. Isso pode levar a decisões estratégicas tomadas sem plena compreensão dos impactos digitais.

Apesar das lacunas, o estudo sugere uma mudança de percepção no ambiente corporativo. Mais de 60% das empresas já consideram a cibersegurança um elemento de vantagem competitiva. A gestão de riscos e a proteção de dados começam a ser percebidas não apenas como barreiras defensivas, mas como fundamentos de confiança e sustentabilidade para o negócio.

(Com informações Convergência Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik)

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