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Plataformas de IA têm mais visitas que cinco maiores sites de notícia do Brasil

Ferramentas como ChatGPT e Gemini já somam mais de 345 milhões de acessos e viram principal meio de consumo de informação

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IA – O avanço das inteligências artificiais generativas está alterando profundamente a forma como as pessoas buscam e consomem informações online. No cenário chamado ‘zero-click’, as respostas aparecem diretamente na página de resultados ou em interfaces conversacionais, eliminando a necessidade de acessar um site para obter a informação.

Um levantamento da Similarweb, que comparou dados do primeiro semestre de 2023 com o mesmo período de 2025, mostra um cenário desigual no mercado brasileiro de mídia digital: enquanto 69% dos publishers registraram crescimento, grandes veículos viram sua audiência encolher, revelando a vulnerabilidade de depender apenas do tráfego orgânico.

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Quem cresce e quem perde espaço

Entre os gigantes nacionais (com 32 a 764 milhões de visitas mensais), metade ampliou o alcance e metade encolheu. O UOL, por exemplo, teve queda de 26,5% nas visitas, enquanto a CNN Brasil avançou 125% em visitantes únicos, mudando de patamar.

Os grandes players (17 a 31 milhões de visitas mensais) mostraram maior resiliência, com 67% em crescimento e benefícios da fragmentação de audiência. Já os publishers regionais cresceram apenas 0,8% em volume de visitas, mas tiveram alta de 25,3% no número de visitantes únicos, sinal de engajamento mais qualificado.

No outro extremo, sites de nicho e emergentes (até 7 milhões de visitas mensais) lideraram o crescimento: alta de 61,7% no volume de visitas e 80,6% em visitantes únicos, impulsionados por conteúdos altamente específicos ainda não totalmente absorvidos pelas IAs.

A concentração e a cauda longa

Apesar de crescimento modesto no percentual, os gigantes nacionais capturaram 46,7% do aumento nominal de visitas do mercado. Ao mesmo tempo, a cauda longa – formada por veículos menores – mostrou força, respondendo por 36,4% do crescimento total. A tendência é de polarização: grandes audiências continuam concentradas nos líderes, enquanto nichos especializados avançam.

As três forças que moldam o cenário

1. Dispersão da audiência: temas amplos e cobertos por múltiplos veículos tendem a ser respondidos diretamente pelas IAs, prejudicando os grandes publishers. Conteúdos muito específicos ainda têm mais espaço para atrair tráfego qualificado.
2. Valor da conexão direta: criar relacionamento com o público, por meio de acessos diretos e canais próprios, é visto como ativo estratégico em um ambiente cada vez mais mediado por algoritmos.
3. Redefinição do discovery: relevância semântica e autoridade em tópicos específicos ganham importância, substituindo o peso exclusivo da autoridade de domínio no ranqueamento.

A força das plataformas de IA

No Brasil, as principais plataformas de inteligência artificial somam 345 milhões de visitas mensais, o que é mais que os cinco maiores publishers de notícias juntos. O ChatGPT lidera isoladamente, com 288 milhões (83,5% do total). O Gemini aparece em segundo, com 45 milhões, seguido por emergentes como Grok, Copilot e Perplexity.

Apesar desse volume, apenas 5,6% das visitas nas plataformas de IA são redirecionadas para sites de notícias. Ou seja, 94,4% da atenção fica retida nelas. Entre os maiores beneficiários desse tráfego estão Globo.com, UOL e CNN Brasil.

Mudança geracional e risco de irrelevância

O público das IAs é majoritariamente jovem: 58,8% têm entre 18 e 34 anos – grupo que já consome menos mídia tradicional. Entre pessoas com mais de 55 anos, a participação é de apenas 11,2%. A tendência indica que, com o tempo, o modelo conversacional se consolidará como a principal forma de descoberta de informação.

Especialistas alertam que a adaptação precisa ser rápida. Para sobreviver, publishers consolidados devem diversificar pontos de contato, reforçar credibilidade e investir em autoridade temática. Já os emergentes devem aproveitar o momento para conquistar nichos, estruturar conteúdo para buscas conversacionais e fortalecer relacionamento direto com o público.

(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Sebdeck)

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