Data centers – O Rio quer ir além de sua imagem turística de ‘cidade maravilhosa’ e assumir protagonismo global no setor de tecnologia. Durante o Rio Innovation Week 2025, que acontece de 12 a 15 de agosto no Pier Mauá, a Prefeitura vai detalhar o “Rio AI City”, iniciativa que prevê investimentos de US$ 65 bilhões (R$ 354 bilhões) para transformar a capital em um dos dez maiores polos de inteligência artificial (IA) do mundo até 2032.
O plano inclui a construção de um mega campus de data centers no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, com capacidade energética que pode chegar a 3,2 gigawatts — equivalente ao consumo diário de 6 milhões de residências.
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A primeira fase, com 1,5 GW, deve ser concluída até 2027. A Elea Data Centers será a empresa âncora, atraindo novos aportes e empresas de tecnologia para a cidade. A proposta aposta em sustentabilidade: os data centers funcionarão com energia 100% limpa e renovável, além de sistemas de resfriamento sem uso de água.
A estimativa é de geração de mais de 10 mil empregos qualificados e atração de startups e companhias globais. Segundo o vice-prefeito da cidade, a infraestrutura já existente, a abundância de água, a rede de cabos submarinos e o potencial energético da cidade criam um cenário favorável para o projeto.
Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para o alto consumo de energia desses complexos, reforçando a necessidade de transparência e responsabilidade no uso da IA.
O Rio Innovation Week, que terá como tema “Um olhar através da ética”, contará com debates e apresentações sobre o Rio AI City e outras iniciativas de inovação da cidade, como o Porto Maravalley, o Programadores Cariocas e a Faculdade da Matemática – IMPA Tech.
Entre os destaques da programação estão o painel “Rio do Amanhã – Capital Brasileira da Inteligência Artificial”, na terça-feira (12), e a apresentação de Alessandro Lombardi, fundador da Elea Data Centers, na quarta-feira (13), com detalhes sobre a expansão até 2032. Outro painel, também no dia 13, discutirá como a IA pode tornar o Rio mais eficiente, ético e conectado, aplicando a tecnologia à gestão pública e à inclusão digital.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/Freepik/Abshubo)