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Valor de cartões brasileiros roubados dispara na dark web

Levantamento revela que preço dos cartões roubados de brasileiros subiu 26% neste ano no mercado clandestino

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Dark web – O preço de cartões brasileiros vendidos na dark web subiu em 2025 e chegou a US$ 10,70 (cerca de R$ 57,50), segundo levantamento da NordVPN. O valor representa um aumento de 26% em relação a 2023, quando o preço médio era de US$ 8,47 (R$ 45). A alta indica um desequilíbrio entre oferta e demanda nos mercados clandestinos e reflete o avanço dos sistemas de segurança, que dificultam o acesso a dados válidos.

O estudo, conduzido pela NordStellar, equipe de inteligência da NordVPN especializada em exposição a ameaças, analisou 50.705 registros de cartões listados em marketplaces ilegais em maio de 2025. Nenhum dado sensível foi acessado, a pesquisa se baseou apenas em informações públicas disponíveis nas listagens.

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Embora os cartões brasileiros ainda custem menos que os de países como Japão, Cazaquistão e Moçambique, a valorização mostra que o país segue como alvo relevante no comércio clandestino de dados. Segundo a NordVPN, a oscilação de preços depende de fatores como a oferta local de cartões roubados e a eficiência dos mecanismos de detecção de fraude.

“Em grandes marketplaces, um cartão roubado frequentemente custa o preço de um ingresso de cinema. Cartões são vendidos em massa, permanecem válidos por longos períodos e podem ser convertidos em dinheiro localmente – por poucos dólares, criminosos escolhem entre um lazer barato ou uma rota pronta para fraudes, tomada de contas e saque indevido”, afirmou Adrianus Warmenhoven, especialista em cibersegurança da NordVPN.

Sistema “industrial”

O relatório descreve o sistema de carding – nome dado ao comércio ilegal de cartões – como uma verdadeira cadeia produtiva. Há grupos responsáveis por roubar dados (“harvesters”), outros por validar os cartões com o uso de bots (“validators”) e os que transformam esses dados em lucro (“cash-outers”), por meio de compras de gift cards, revendas e conversões em criptomoedas.

A fase de validação é considerada a mais importante, já que nela os criminosos testam pequenas transações para identificar cartões funcionais. Segundo a pesquisa, 87% dos cartões analisados permanecem válidos por mais de 12 meses, o que aumenta sua revenda e valor comercial.

Os cartões mais caros do mundo são os japoneses, avaliados em US$ 22,80 (R$ 122,60), enquanto os mais baratos podem ser encontrados por apenas US$ 1 (R$ 5,38), em países como Congo e Geórgia.

Entre 2023 e 2025, mercados como Nova Zelândia e Argentina tiveram aumentos expressivos nos preços , de 444% e 368%, respectivamente, demonstrando a volatilidade do comércio clandestino.

Os países com maior volume de cartões listados foram Estados Unidos, Singapura, Espanha, Reino Unido e Kuwait, com destaque para os norte-americanos, que representaram mais de 60% do total observado.

Como se proteger

A NordVPN recomenda práticas simples para reduzir os riscos de exposição: monitorar extratos com frequência, ativar alertas em tempo real, usar senhas exclusivas e fortes, evitar armazenar cartões em navegadores e habilitar a autenticação multifator em todas as plataformas de pagamento.

A empresa também defende maior colaboração entre bancos, varejistas e provedores de segurança, além de investimentos em tecnologias antifraude, como tokenização e monitoramento em tempo real. Tais medidas reduzem o tempo de ação dos criminosos e diminuem o valor comercial dos dados roubados.

(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik)

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