IA – O Brasil registrou um dos avanços mais significativos no Índice de Vibração de Inteligência Artificial da Universidade de Stanford, passando da 35ª posição entre 36 países para o 16º lugar. O movimento, captado pela ferramenta Global AI Vibrancy Tool, reflete ganhos consistentes em três frentes: qualificação de profissionais, pesquisa em IA responsável e melhora na percepção pública sobre a tecnologia.
O levantamento avalia 42 indicadores distribuídos em oito pilares, que abrangem desde a formação e contratação de especialistas até a produção científica e a robustez das políticas de governança. Apesar da evolução, o país ainda está distante dos líderes globais – Estados Unidos, China, Reino Unido e Índia.
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No pilar de talento, o avanço foi o mais expressivo. Um ano atrás, o Brasil ocupava o 35º lugar nessa categoria; agora, aparece em 12º. O índice combina dados do LinkedIn e da Lightcast para medir a presença de habilidades em IA entre trabalhadores, a oferta de vagas na área, a concentração de especialistas e a retenção desses profissionais.
Os resultados mostram uma força de trabalho mais qualificada, maior demanda empresarial e queda no saldo negativo de migração de especialistas. Também houve leve aumento na presença feminina entre profissionais do setor.
A área de IA responsável também teve impacto direto na subida do país no ranking. Nesse pilar, o Brasil passou do 30º para o 14º lugar, puxado pelo aumento da produção acadêmica em temas como privacidade, governança de dados, transparência, explicabilidade, segurança e justiça algorítmica. A presença de pesquisadores brasileiros em conferências internacionais de destaque reforça a maior inserção do país nas discussões globais sobre ética na inteligência artificial.
Outro fator que contribuiu para o salto foi o humor mais favorável da população em relação à IA. O Brasil subiu do 34º para o 6º lugar na métrica de opinião pública, que mede o saldo entre menções positivas e negativas sobre a tecnologia. A mudança é associada à popularização de ferramentas generativas, ao fortalecimento de startups especializadas e ao avanço de iniciativas governamentais de digitalização.
Apesar do progresso, desafios persistem. Áreas como infraestrutura, economia da IA e políticas de governança ainda limitam o desenvolvimento de um ecossistema competitivo. No índice geral, os Estados Unidos seguem isolados na liderança, com 78,6 pontos. O Brasil dobrou sua pontuação, mas alcançou apenas 12,74 pontos nesta edição.
(Com informações de Convergência Digital)
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