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Brasil concentra metade de todos os ataques com trojans bancários na América Latina

Infeccções cresceram 87% em um ano no país, totalizando mais de 1,6 milhão de ataques bloqueados, revela levantamento

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Trojans bancários – O Brasil se tornou o principal alvo e centro de desenvolvimento de trojans bancários na América Latina, aponta novo relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky. Entre julho de 2023 e julho de 2024, o país registrou um aumento de 87% nas infecções por esse tipo de ameaça digital, totalizando mais de 1,6 milhão de ataques bloqueados, o equivalente a 4.616 tentativas por dia. Sozinho, o Brasil concentra metade de todas as infecções da região.

A ameaça mais prevalente no país é o Trojan-Banker.Win32.Banbra, responsável por 13,71% das infecções. Esse tipo de malware é especializado em interceptar transações bancárias online, capturando dados sensíveis como senhas e informações de cartão por meio da interceptação de teclas digitadas pelas vítimas.

LEIA: Cientistas questionam possível sinal de vida fora da Terra

No cenário latino-americano, a situação também é preocupante. Foram mais de 3,3 milhões de ataques de trojans bancários bloqueados no mesmo período, um crescimento de 28% em relação ao ano anterior, uma média de 9.234 ataques por dia.

A família Trojan-Banker.Win32.Grandoreiro lidera o ranking na América Latina, representando 16,83% das infecções. Globalmente, esse malware ocupa a 6ª posição entre as ameaças mais detectadas pela Kaspersky, sendo responsável por 5% das tentativas de ataque registradas mundialmente. Entre janeiro e outubro de 2024, o Grandoreiro foi identificado 150 mil vezes, com destaque para Brasil (56 mil bloqueios), México (51 mil), Espanha (11 mil), Argentina (6,4 mil) e Peru (4,4 mil).

Mesmo após a prisão de cinco suspeitos em março de 2024, durante uma operação da Polícia Federal com apoio da Interpol e outras agências internacionais, o Grandoreiro segue ativo. A Kaspersky identificou ao menos duas novas versões do trojan desde a operação.

Em atividade desde 2016, o grupo criminoso responsável pela disseminação do Grandoreiro utiliza mensagens falsas em massa e técnicas de engenharia social para enganar as vítimas e instalar o malware. Após a infecção, dados bancários são roubados. O grupo também opera no modelo de “malware como serviço” (MaaS), comercializando o trojan para que outros cibercriminosos executem fraudes em diferentes países.

“O aumento significativo de trojans bancários, tanto no Brasil quanto na América Latina, com o Brasil liderando o desenvolvimento dessas ameaças, reflete a sofisticação crescente dos cibercriminosos”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

“Usuários e instituições financeiras precisam estar vigilantes e adotar as melhores práticas de segurança para se protegerem dessas ameaças, especialmente quando falamos de famílias como Banbra e Grandoreiro.”

Recomendações de segurança da Kaspersky:

• Desconfie de links e anexos em emails e mensagens: sempre verifique a autenticidade do remetente.
• Mantenha o software atualizado: as atualizações corrigem falhas de segurança.
• Utilize senhas fortes e únicas: evite repetir senhas entre diferentes contas.
• Instale uma solução de segurança confiável: antivírus podem detectar e bloquear trojans.
• Eduque-se continuamente sobre segurança digital: estar informado é parte essencial da proteção.

(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik/Sakura Tanaka)

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