Horário de Atendimento: Das 9h as 15h | Sede: (67) 3321-2836 | [email protected]
Home TI Cantora ‘lança’ novo álbum sem saber: obra foi criada por IA em seu nome
TI

Cantora ‘lança’ novo álbum sem saber: obra foi criada por IA em seu nome

Emily Portman descobriu trabalho em seu nome, disponível em plataformas de streaming, após ser parabenizada por fãs pelo lançamento

206

IA – A cantora folk Emily Portman viveu uma situação inesperada no mês passado ao ser parabenizada por um fã por seu “novo disco” nas plataformas digitais. Surpresa, já que não havia lançado nenhum material recentemente, a artista descobriu que alguém usou inteligência artificial para criar um álbum em seu nome.

Segundo noticiou a BBC no domingo (24), o disco falso foi batizado de Orca e incluía dez faixas geradas por IA, em estilo e voz semelhantes aos da britânica. O material chegou a ser disponibilizado no Spotify, iTunes e outros serviços de streaming.

LEIA: Governo libera R$ 12 bi em crédito para modernização da indústria nacional

“Vazio e perfeito demais”

Ao ouvir as canções, entre elas Sprig of Thyme e Silent Hearth, Portman disse que os títulos eram “incrivelmente próximos” ao que ela própria faria. Para a cantora, o nível de semelhança revela que suas músicas reais foram usadas no treinamento do modelo.

Além da voz e da interpretação, o instrumental também imitava sua sonoridade. O realismo confundiu até mesmo fãs, que acreditaram se tratar de um lançamento oficial. Apesar da execução impecável, Portman classificou o resultado como “vazio e perfeito demais”, e acrescentou que não conseguiria – e nem deseja – cantar com a afinação da inteligência artificial.

Embora apareça creditada como artista, compositora e detentora dos direitos autorais, Portman afirmou que não sabe quem criou ou publicou o material, nem conhece o produtor Freddie Howells citado nos créditos. Pouco depois, a cantora também encontrou outro disco em seu nome, igualmente gerado por IA, mas com qualidade inferior.

A artista entrou com ação judicial para solicitar a retirada das obras das plataformas e alertou seus fãs a ficarem atentos a conteúdos fraudulentos.

Problema crescente

Casos semelhantes têm se multiplicado. O produtor e compositor Josh Kaufman, que participou do álbum Folklore de Taylor Swift, relatou recentemente experiência parecida. Outros artistas norte-americanos também tiveram músicas falsas publicadas em seus nomes, creditadas a gravadoras supostamente baseadas na Indonésia.

Até nomes já falecidos, como o cantor Blaze Folei, morto em 1989, foram usados nessas fraudes. Segundo especialistas, os golpistas exploram os algoritmos de streaming para ampliar o alcance das músicas geradas por bots, acumulando milhares de reproduções e lucrando com isso.

No caso de Emily Portman, porém, os royalties foram mínimos: cerca de US$ 6 (R$ 32 na cotação do dia), antes que as faixas fossem removidas do Spotify.

(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/muqddas65)

Posts relacionados

Novas regras de IA do WhatsApp colocam Meta sob investigação na União Europeia

Bloco europeu avalia impor medidas provisórias que podem suspender temporariamente políticas de...

TI

Consumo de energia por data centers deve triplicar e aciona alerta em órgãos reguladores

Relatório estima que instalações devem consumir 106 gigawatts até 2035, muito além...

TI

IA amplia em milhões de anos a linha do tempo da vida na Terra

Nova técnica usa padrões químicos degradados para revelar bioassinaturas antigas e pode...

TI

Uso de IA cresce entre jovens, que veem diferencial para conseguir emprego

Cerca de 80% dos jovens consideram a IA um diferencial no mercado...