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Chatbots geram relatórios com ‘modo investigativo’; saiba como usar

Ferramenta chamada Deep Research permite cruzar múltiplas fontes, gerar relatórios detalhados e indicar origem de cada informação

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Chatbots – Em poucos segundos, um chatbot de inteligência artificial pode informar qual é a estrela mais distante da Terra, listar as empresas mais valiosas do mundo, ensinar a preparar um risoto de cogumelos ou explicar as consequências do tarifaço de Donald Trump para o Brasil. As respostas chegam resumidas, com explicações claras e personalizadas, muitas vezes baseadas em dados atualizados da internet. Parece perfeito, mas há um problema: nem sempre o conteúdo vem de fontes verificáveis, podendo conter imprecisões ou até contradições.

É por isso que a chamada pesquisa “na superfície” com IAs exige cautela. A boa notícia é que já existe um recurso capaz de ir além: o modo investigativo, também chamado de Deep Research. Nele, os chatbots percorrem várias fontes, filtram o que é relevante e entregam relatórios mais completos e confiáveis. Pode ser um dossiê sobre o mercado de energia renovável na Ásia ou a comparação de pacotes de viagem para o Nordeste.

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O Deep Research pode levar até 30 minutos para ser concluído, mas entrega relatórios organizados, com links de referência que indicam de onde cada informação foi retirada. Também é possível definir critérios, como priorizar artigos científicos, sites oficiais, consultorias de mercado ou guias de viagem bem avaliados.

Como acessar o recurso

Além do ChatGPT, ferramentas como Gemini, Grok e Perplexity oferecem essa função também para usuários gratuitos, ainda que com número limitado de consultas. Entre elas, ChatGPT e Gemini se destacam pelas opções mais acessíveis.

No ChatGPT, o recurso aparece ao clicar no símbolo “+”, identificado como “Investigar”. Já no Gemini, o botão de pesquisa profunda fica disponível diretamente na caixa de interação. A dinâmica é diferente da busca tradicional: no ChatGPT, a ferramenta pede mais detalhes antes de responder; no Gemini, apresenta um “plano de ação” editável para refinar a pesquisa.

Exemplo: ao solicitar informações sobre “a estrela mais distante da Terra”, os chatbots pedem esclarecimentos adicionais antes de trazer a resposta final. Quanto mais específico for o pedido, maior a chance de obter resultados certeiros.

Para que serve

Embora tenha sido projetado para investigações complexas, o Deep Research também ajuda em tarefas do cotidiano. Pode, por exemplo, gerar comparativos de celulares antes da compra ou montar roteiros de viagem personalizados com contexto histórico, preços e dicas práticas.

Estudantes podem recorrer ao recurso para encontrar referências de livros, filmes e artigos acadêmicos. Já profissionais podem levantar relatórios sobre tendências de mercado, políticas públicas, incentivos fiscais em diferentes países ou ainda informações sobre concorrentes locais.

Na área acadêmica, a ferramenta auxilia a localizar autores, centros de referência e comparar relatórios de organismos internacionais como ONU, OCDE e Banco Mundial.

Estratégias para aproveitar melhor

Para tirar o máximo proveito do Deep Research, é essencial fornecer instruções claras e detalhadas. Algumas recomendações:

• Explique o objetivo: indique se a pesquisa é acadêmica, profissional ou pessoal.
• Defina fontes prioritárias: peça que os dados venham de artigos científicos, relatórios de mercado ou publicações oficiais.
• Seja específico: inclua critérios como período de tempo, orçamento ou país de referência.
• Peça formato definido: tópicos, ordem cronológica, listas ou linguagem técnica/informal.
• Inclua pontos obrigatórios: destaque elementos que não podem faltar no resultado final.

Com essas práticas, o usuário consegue transformar a IA em uma ferramenta poderosa para investigações mais completas e confiáveis.

(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução/Freepik/jenyasmyk)

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