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China afirma que não aceitará pressões dos EUA contra chips

Em resposta às tentativas de intimidação, o Ministério do Comércio da China prometeu "ações vigorosas para defender os interesses nacionais"

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China – A China responderá com “medidas firmes” às recentes diretrizes dos Estados Unidos que desaconselham o uso de semicondutores chineses em projetos de inteligência artificial (IA), especialmente os chips Ascend da Huawei. O posicionamento do governo chinês destaca que o país não se intimidará ante tentativas de restringir seu avanço tecnológico.

As novas recomendações norte-americanas, divulgadas nesta semana, alertam sobre “riscos estratégicos” ao permitir o emprego de chips desenvolvidos nos EUA em modelos chineses de IA, além de desencorajarem explicitamente o uso de semicondutores produzidos pela China para fins de IA. O Ministério do Comércio da China classificou as medidas como “um ato unilateralista, que combina intimidação e protecionismo”, prometendo “ações vigorosas para defender os interesses nacionais”.

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A disputa por soberania tecnológica no setor de semicondutores é um dos principais campos de tensão entre as duas potências. Nos últimos anos, os EUA impuseram barreiras à exportação de chips de alto desempenho, sob o argumento de evitar seu uso militar ou o fortalecimento de modelos de IA que desafiem a hegemonia estadunidense. No entanto, após pressão de aliados e empresas do setor, a administração Trump revogou parte das restrições obrigatórias, substituindo-as por orientações não vinculativas.

As diretrizes atualizadas também afetam países como México e Portugal, retirando limitações ao comércio dos semicondutores. Paralelamente, fabricantes estadunidenses, incluindo Nvidia e AMD, pressionaram a Casa Branca para flexibilizar as medidas, alegando prejuízos competitivos.

Em um recado claro ao governo dos EUA, a China enfatizou que “não recuará diante de ameaças” e continuará a promover inovações autônomas em tecnologia. A postura é respaldada pelo dinamismo do ecossistema tecnológico chinês, que hoje concentra metade dos pesquisadores globais de IA, segundo Jensen Huang, CEO da Nvidia. Em evento recente em Taipé, Huang criticou as restrições norte-americanas como “contraproducentes”, pois aceleraram o desenvolvimento de soluções locais na China.

“As empresas chinesas são extremamente talentosas e determinadas. As sanções apenas incentivaram o investimento maciço em tecnologia nacional, com apoio governamental”, destacou o executivo.

Enquanto os EUA buscam “compartilhar IA apenas com aliados confiáveis”, a China reafirma seu compromisso com a autossuficiência tecnológica, sinalizando que qualquer tentativa de frear seu progresso será enfrentada com resistência estratégica e inovação acelerada.

(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução/Freepik/EyeEm)

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