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Ferramentas que monitoram home office são permitidas, mas devem seguir regras

Programas vigiam navegação e podem até fazer gravações; prática é permitida por lei, mas exige transparência com os funcionários

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Home office – O Itaú Unibanco demitiu cerca de mil funcionários após identificar inconsistências entre o ponto eletrônico e as atividades realizadas durante o trabalho remoto. De acordo com o banco, as demissões foram resultado de uma revisão criteriosa de condutas, com foco em possíveis violações ligadas ao regime de home office e à jornada registrada.

Segundo comunicado da instituição, foram encontrados comportamentos considerados incompatíveis com os valores internos. O banco afirma que as medidas visam preservar a cultura organizacional e a confiança entre colaboradores, clientes e a sociedade.

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Funcionários demitidos, por outro lado, afirmam que as acusações não procedem. Alguns dizem ter tido desempenho positivo e até promoções recentes. Também relatam que não tiveram acesso às métricas utilizadas para justificar os desligamentos, embora haja casos em que se confirmou a inatividade durante o expediente.

Softwares de monitoramento

Em empresas com políticas de trabalho remoto, o uso de ferramentas de monitoramento digital tem se tornado cada vez mais comum. Esses programas conseguem acompanhar, em tempo real, a rotina digital dos colaboradores. Entre as informações captadas estão tempo de uso do computador, movimentação do mouse, número de cliques, sites acessados, além de capturas de tela e até gravações.

Programas como Teramind, Time Doctor, Hubstaff e XOne prometem ganhos de eficiência e controle sobre possíveis tentativas de burlar o sistema. No caso da Teramind, dados da empresa indicam que 7% dos funcionários monitorados tentam simular atividade de trabalho por meio de truques com software ou hardware.

XOne e o caso Itaú

Embora o Itaú não tenha confirmado quais ferramentas utiliza, há indícios do uso do XOne, desenvolvido pela brasileira Arctica Tecnologia. O sistema atribui uma nota ao “comportamento digital” do funcionário com base em critérios como adesão à jornada, inatividade e navegação na internet. O programa também monitora o uso de programas corporativos e acessos considerados fora de contexto de trabalho.

Segundo a fabricante, o software é usado por empresas que buscam reduzir custos e aumentar produtividade. A promessa é de resultados rápidos: aumento de até 30% na eficiência e corte de 25% nos custos operacionais — inclusive com redução de pessoal.

Monitorar é legal, mas precisa ser transparente

A legislação brasileira permite o uso de monitoramento, desde que respeite a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As empresas devem informar claramente aos funcionários que tipo de informação será coletada, como será tratada e qual sua finalidade.

Apurações indicam que o Itaú acompanha as atividades dos contratados em suas máquinas corporativas, utilizando parâmetros como quantidade de cliques, abas abertas, tarefas lançadas no sistema e outros indicadores para medir produtividade. A instituição, no entanto, não revelou oficialmente quais softwares adota.

(Com informações de Folha de S.Paulo)
(Foto: Reprodução/Freepik)

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