Windows 10 – A Microsoft encerra nesta terça-feira (14) o suporte ao Windows 10, sistema operacional lançado em 2015. A partir de agora, o software não receberá mais atualizações, correções de segurança nem suporte técnico. A empresa recomenda que os usuários migrem para o Windows 11, disponível desde 2021.
Nem todos os computadores são compatíveis com a atualização para o Windows 11. Para esses casos, a Microsoft oferece um pacote de atualizações estendidas com duração de um ano, ao custo de US$ 30 (cerca de R$ 163).
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A empresa não informou o número de usuários impactados. De acordo com a Consumer Reports, cerca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo ainda usavam o Windows 10 em agosto. Já o Public Interest Research Group estima que até 400 milhões de computadores não são compatíveis com o Windows 11.
Associações de defesa do consumidor criticam medida
Nos Estados Unidos, a Consumer Reports afirmou que computadores incapazes de rodar o Windows 11 ainda eram vendidos em 2022 e 2023, o que deve torná-los obsoletos em apenas três anos. Na França, uma coalizão formada por 22 associações lançou uma petição pedindo que as atualizações gratuitas do Windows 10 sejam mantidas até 2030.
Especialistas alertam que os usuários que permanecerem no Windows 10 podem ficar mais expostos a ataques cibernéticos. “Ao deixar de receber as atualizações, ele não estará mais protegido contra as ameaças cibernéticas mais recentes”, afirma Martin Kraemer, analista de segurança da KnowBe4.
Segundo ele, o sistema tende a se tornar alvo preferencial de hackers que exploram falhas de segurança.
O analista Paddy Harrington, da consultoria americana Forrester, acrescenta que aplicativos também podem ser afetados. “Os desenvolvedores dependem do sistema operacional para garantir certas funções. Sem atualizações, o fornecedor não pode garantir que seu aplicativo continue funcionando corretamente”, diz.
Sobre o uso de antivírus, Harrington ressalta que eles não substituem as atualizações de sistema. “A proteção desses programas tem um limite. É melhor do que nada, mas essa é uma solução temporária”, afirma.
Para quem não puder instalar o Windows 11, há opções gratuitas, como o Linux. “Se os aplicativos forem compatíveis com esse sistema operacional e as ferramentas de gerenciamento e segurança o suportarem, é uma boa opção”, recomenda Harrington.
(Com informações de G1)
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