Horário de Atendimento: Das 9h as 15h | Sede: (67) 3321-2836 | [email protected]
Home TI IA redefine carreiras e desafia profissionais de tecnologia
TI

IA redefine carreiras e desafia profissionais de tecnologia

Funções antes voltadas a iniciantes agora são assumidas por sistemas inteligentes, e habilidades pessoais ganham importância

130

Profissionais de tecnologia – O avanço da inteligência artificial (IA) generativa trouxe uma novidade inédita na história das revoluções digitais: pela primeira vez, a transformação atinge diretamente os próprios profissionais da área de tecnologia. Programadores, engenheiros e cientistas de dados já veem sistemas capazes de escrever códigos, corrigir erros e sugerir melhorias assumindo atividades que antes eram o primeiro degrau de quem ingressava no setor.

Nos Estados Unidos e na Europa, esse movimento já resulta em cortes de vagas, principalmente em big techs que buscam equilibrar os altos custos com IA. No Brasil, o quadro é diferente: a tecnologia continua liderando a abertura de empregos, com a previsão de 88 mil novas oportunidades formais até o fim do ano, segundo a Brasscom. Ainda assim, a exigência sobre os profissionais mudou.

LEIA: Metrô de Londres é paralisado por greve pela redução de da jornada

Se antes dominar linguagens de programação era o suficiente, agora ganha destaque quem sabe integrar e comandar sistemas de IA. Criatividade, pensamento crítico e capacidade de adaptação aparecem como habilidades mais valorizadas do que a simples execução de tarefas.

Mercado em transformação

Para Elisa Jardim, gerente da consultoria de recrutamento Robert Half, o cenário é claro: “Funções repetitivas como suporte técnico básico e analista de testes manuais de software já são impactadas pela IA e perderam relevância. Até porque essas novas tecnologias substituem o trabalho mais operacional dos desenvolvedores”.

Para empresas como o Pitang Labs, no Recife, a IA deixou de ser complemento e passou a ser parte do processo. Lá, a produtividade cresceu 35% desde a adoção dos sistemas inteligentes.
Essa aceleração, no entanto, gera dilemas. Como lembra o programador Giovanni Bassi, com três décadas de experiência, a eliminação de tarefas para iniciantes pode comprometer a formação dos futuros especialistas: “Sem abertura para iniciantes, como teremos os profissionais seniores no futuro?”.

Pressão sobre universidades

O impacto também chega ao ensino. Metade das 475 empresas instaladas no Porto Digital, em Recife, já utiliza IA em suas rotinas, e universidades parceiras correm para atualizar currículos. “As universidades estão estacionadas, e não só no Brasil.”, alerta Pierre Lucena, presidente do hub.

Iniciativas começam a surgir, como o novo curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que mistura teoria, ciência de dados, física e humanidades para formar profissionais com visão ampla e capacidade de adaptação.

Para o diretor-geral Marcelo Viana, essa combinação é vital. “Quem terá mais chances de prosperar no mercado futuro é quem tiver múltiplos talentos e capacidade de ser criativo e se adaptar a um cenário em mutação acelerada”.

(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Rawpixel.com)

Posts relacionados

Vendas da Tesla na Califórnia podem ser suspensas por marketing enganoso

Órgão regulado do estado acolheu recomendação disciplinar contra a montadora de Elon...

Invasão hacker expõe esquema de contas falsas para promover produtos no TikTok

Ataque acessou celulares da Doublespeed, que utiliza personagens criados por inteligência artificial...

TI

Saiba os cinco golpes digitais mais comuns no fim de ano e como se proteger

Criminosos usam engenharia social e senso de urgência para roubar dados e...

TI

Ataques de ransomware caem, mas roubo de dados e estresse avançam no setor

Relatório mostra queda histórica na criptografia de dados, enquanto impactos emocionais e...