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Planos da Meta envolvendo IA preocupa entidades de segurança digital

Organizações pedem limitação ao uso de inteligência artificial em processos de avaliação de risco nas plataformas da empresa

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Meta – Ativistas e entidades ligadas à segurança na internet manifestaram preocupação com os planos da Meta para o uso de inteligência artificial (IA) em processos de verificação de riscos nas plataformas da empresa, como Facebook, Instagram e Threads. Em carta enviada à diretora executiva da Ofcom, Melanie Dawes, essas organizações pediram ao órgão regulador britânico que imponha limites ao uso da tecnologia em avaliações de risco consideradas cruciais.

A Ofcom, responsável pela regulação das comunicações no Reino Unido, afirmou ao jornal The Guardian que está “considerando as preocupações” levantadas pelas entidades. Entre as signatárias da carta estão a Molly Rose Foundation, a NSPCC e a Internet Watch Foundation.

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As críticas ganham ainda mais força diante da Lei de Segurança Online do Reino Unido, que exige que redes sociais avaliem como danos podem ocorrer em seus serviços e que apresentem planos para mitigá-los. A proteção de menores de idade e a prevenção contra conteúdo ilegal estão entre os principais objetivos da legislação.

Segundo as entidades, permitir que a IA conduza essas avaliações de risco seria um “passo retrógrado e altamente alarmante”. Na carta, os ativistas pedem ainda que a Ofcom “conteste qualquer suposição de que as plataformas podem escolher diluir seus processos de avaliação de risco”.

A mobilização foi organizada pela Molly Rose Foundation após uma reportagem da NPR, publicada em maio, revelar que atualizações de algoritmos da Meta e novos recursos de segurança estariam sendo aprovados, em sua maioria, por sistemas de IA, sem análise de funcionários da empresa.

A mudança permitiria o lançamento mais rápido de atualizações para Facebook, Instagram e WhatsApp, mas também poderia aumentar os riscos para os usuários, ao reduzir mecanismos de prevenção, afirmou um ex-executivo da Meta à emissora, sob condição de anonimato.

A NPR também apontou que a Meta cogitava automatizar revisões em áreas sensíveis, como riscos para o público juvenil e o monitoramento da disseminação de informações falsas.

Outro lado

Em resposta, um porta-voz da Ofcom declarou que a organização deixou claro que “os serviços devem nos informar quem completou, revisou e aprovou sua avaliação de risco. Estamos considerando as preocupações levantadas nesta carta e responderemos oportunamente”.

A Meta, por sua vez, afirmou que a carta distorce a abordagem da empresa sobre segurança. “Não estamos usando IA para tomar decisões sobre risco”, disse um porta-voz da big tech.

“Em vez disso, nossos especialistas construíram uma ferramenta que ajuda equipes a identificar quando requisitos legais e de política se aplicam a produtos específicos. Usamos tecnologia, supervisionada por humanos, para melhorar nossa capacidade de gerenciar conteúdo prejudicial e nossos avanços tecnológicos melhoraram significativamente os resultados de segurança.”

Monitoramento de usuários

Paralelamente, a Meta também tem sido acusada de rastrear o histórico de navegação de usuários de celulares Android, mesmo com o uso de VPN ou guias anônimas. Segundo um relatório de pesquisadores das instituições IMDEA Networks (Espanha), Radboud University (Holanda) e KU Leuven (Bélgica), a empresa teria iniciado essas ações em setembro de 2024.

O estudo aponta que a Meta teria utilizado o Meta Pixel, ferramenta que mede interações com anúncios, em conjunto com os aplicativos do Facebook e do Instagram. Com isso, seria possível vincular a atividade de navegação ao endereço IP registrado nos apps. Prática semelhante já era atribuída à empresa russa Yandex desde 2017.

(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/rafapress)

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