TI – O Macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) já representa 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com uma produção prevista de R$ 762,4 bilhões em 2024 e uma taxa média de crescimento anual de 8,4% nos últimos três anos.
As informações estão reunidas no Relatório Setorial 2024 – Macrossetor de TIC, divulgado pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais).
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Segundo o levantamento, os investimentos em tecnologias ligadas à transformação digital devem atingir R$ 774 bilhões até 2028. As áreas que mais devem receber recursos são computação em nuvem (R$ 331,9 bilhões), inteligência artificial (R$ 145,9 bilhões) e Big Data & Analytics (R$ 110,5 bilhões).
O documento também mostra que o Brasil avançou uma posição no ranking mundial de produção de TIC e Telecom, ocupando agora o 9º lugar — a única nação latino-americana entre as dez maiores.
Geração de empregos e remuneração
O setor criou 52.026 novas vagas com carteira assinada em 2024, alcançando um total de 2.100.886 postos de trabalho, o que equivale a 3,8% do total de empregos formais no país. Apesar do avanço de 2,5% ter ficado ligeiramente abaixo da média nacional (3,1%), o desempenho foi superior ao registrado em 2023 pelo próprio setor, evidenciando sua solidez e potencial para gerar oportunidades.
A remuneração também se destaca. Trabalhadores em empresas de software ganham, em média, três vezes mais que a média nacional. Já os empregados no segmento de Serviços de TIC recebem 2,3 vezes acima do valor médio brasileiro. Desde 2020, o estado de São Paulo lidera em termos de salários médios no setor, enquanto o Rio de Janeiro figura como o estado com os vencimentos mais elevados em Telecomunicações.
No recorte regional, o Norte foi destaque em 2024, com o maior crescimento proporcional nas contratações: aumento de 7,4% no setor de TIC e de 3% em Telecom, revelando uma distribuição mais equilibrada da expansão do setor entre as regiões brasileiras.
Inclusão
Apesar dos bons resultados, o setor de TIC ainda precisa evoluir em termos de representatividade. De acordo com o relatório, as mulheres representam 39,1% da força de trabalho, índice inferior à proporção feminina da população (51,5%).
Ainda assim, houve avanço: o número de contratações femininas subiu 3,3% em 2024, com 15.262 novas admissões. A diferença salarial entre homens e mulheres também diminuiu – foram 9,5 pontos percentuais a menos nos últimos cinco anos.
No aspecto racial, os profissionais negros correspondem a 32,2% do total de trabalhadores. O número de pessoas negras em cargos de liderança aumentou em 1,8 ponto percentual, resultado de ações voltadas à diversidade nas empresas, ainda que o caminho para a equidade plena ainda seja longo.
O cenário futuro aponta para uma elevação significativa na procura por profissionais qualificados, impulsionada pela transformação digital e pela adoção crescente de tecnologias como IA, automação e cloud computing.
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(Com informações de TiInside)
(Foto: Reprodução/Freepik/DC Studio)