Horário de Atendimento: Das 9h as 15h | Sede: (67) 3321-2836 | [email protected]
Home TI ‘Vibe coding’ é eleita a palavra de 2025 pelo dicionário Collins
TI

‘Vibe coding’ é eleita a palavra de 2025 pelo dicionário Collins

Termo cresceu nas redes e ganhou relevância ao definir um estilo de desenvolvimento de software guiado por IA

141

Vibe coding – O dicionário britânico Collins anunciou nesta quinta-feira (6) que o termo “vibe coding” foi escolhido como palavra do ano de 2025. A expressão, que ganhou força nas redes sociais e logo se espalhou pela indústria tecnológica, define uma forma de programar com apoio de inteligência artificial (IA), em que o desenvolvedor segue a “vibe” do processo e permite que a máquina assuma grande parte da escrita do código.

Criado por Andrej Karpathy – ex-diretor de IA da Tesla e um dos fundadores da OpenAI – o conceito resume uma experiência de desenvolvimento na qual a pessoa descreve o que deseja criar, sem se preocupar em detalhar estruturas ou sintaxe. Para especialistas, essa abordagem simboliza uma era em que criatividade humana e poder computacional se confundem cada vez mais.

LEIA: Governo fecha parceria com Huawei para atender demandas da Reforma Tributária

Collins: fusão entre linguagem e tecnologia

O Collins identificou um salto no uso da expressão a partir de fevereiro, o que motivou sua escolha. Para os lexicógrafos responsáveis, o termo reflete uma mudança significativa na maneira como linguagem e tecnologia passam a caminhar juntas, especialmente num contexto em que a IA redefine o ato de programar.

Karpathy cunhou “vibe coding” para descrever como ferramentas inteligentes permitem que alguém virtualmente “esqueça que o código existe” ao construir aplicativos ou sites apenas por meio de comandos em linguagem natural.

Segundo o dicionário, o fenômeno se insere em uma transformação maior no vocabulário digital, que vem sendo impulsionada pelo avanço da automação e da criatividade mediada por software.

Além de “vibe coding”, a seleção do Collins para 2025 inclui termos como “biohacking” (intervenções no corpo para melhor desempenho), “broligarchy” (como alguns se referem a um grupo de bilionários do setor tecnológico) e “Henry”, sigla para “high earner, not rich yet”, usada para definir trabalhadores com altos salários que ainda não acumularam riqueza.

O destaque para neologismos ligados à tecnologia evidencia o papel central do digital na cultura atual.

O diretor-geral do dicionário, Alex Beecroft, afirmou que a escolha sintetiza o momento em que “a criatividade humana e a inteligência das máquinas se fundem”. Em sua visão, a programação vive “uma grande virada”, tornando-se mais intuitiva e acessível. Para ele, o termo representa uma etapa em que a interação entre pessoas e computadores se torna mais rápida, natural e criativa.

O que significa ‘vibe coding’?

A expressão se popularizou quando Karpathy compartilhou seu novo passatempo no X, em fevereiro. Ele contou que a experiência não parecia uma programação tradicional, mas sim “ver coisas, dizer coisas, rodar coisas e copiar coisas – e tudo simplesmente funciona”. A descrição viralizou e despertou curiosidade sobre o que define programar na era da IA.

Em termos práticos, “vibe coding” significa delegar à IA a maior parte da execução do software. O usuário conversa com a ferramenta e acompanha os resultados, ajustando conforme necessário. A MIT Technology Review destaca que o modelo ganhou força com assistentes como GitHub Copilot, Cursor Chat e Gemini Code Assist, capazes de gerar blocos de código inteiros a partir de poucas instruções.

Especialistas ouvidos pela revista apontam que esse estilo envolve confiar amplamente na IA. O engenheiro de software Sergey Tselovalnikov, da Canva, explica: “É interagir com o código por meio de prompts – o engenheiro apenas conversa com a ferramenta e examina o resultado.” Já Tobin South, pesquisador do MIT Media Lab, avalia que a prática beneficia tanto veteranos – que conseguem corrigir falhas – quanto iniciantes sem formação técnica.

Ainda assim, há limitações. Como esses geradores se baseiam em modelos de linguagem, o resultado pode trazer vulnerabilidades, erros ou inconsistências. Por isso, o “vibe coding” é mais indicado para projetos menores e exploratórios, como sites pessoais ou jogos simples. Mesmo assim, aponta para um futuro em que criar software será cada vez mais acessível, com a imaginação guiando o desenvolvimento e as barreiras técnicas ficando para trás.

(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/pressfoto)

Posts relacionados

Vendas da Tesla na Califórnia podem ser suspensas por marketing enganoso

Órgão regulado do estado acolheu recomendação disciplinar contra a montadora de Elon...

Invasão hacker expõe esquema de contas falsas para promover produtos no TikTok

Ataque acessou celulares da Doublespeed, que utiliza personagens criados por inteligência artificial...

TI

Saiba os cinco golpes digitais mais comuns no fim de ano e como se proteger

Criminosos usam engenharia social e senso de urgência para roubar dados e...

TI

Ataques de ransomware caem, mas roubo de dados e estresse avançam no setor

Relatório mostra queda histórica na criptografia de dados, enquanto impactos emocionais e...