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Caso de menino ‘amigo’ do ChatGPT reacende alerta sobre laços emocionais com IAs

Apesar de criança ter tido conversa inocente com chatbot, relato viral do pai trouxe debate sobre riscos de apego emocional e confusão

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ChatGPT – Um relato publicado no Reddit chamou atenção ao mostrar uma nova face da relação entre crianças e inteligência artificial. Um pai contou que seu filho de 4 anos passou duas horas conversando com o ChatGPT sobre trens e o desenho Thomas e Seus Amigos. O bate-papo, segundo ele, rendeu uma transcrição de mais de 10 mil palavras — e um novo “amigo digital” para o garoto.

Apesar do tom leve do relato, especialistas alertam para riscos de apego emocional e confusão entre humanos e máquinas. Pesquisas indicam que crianças menores de 10 anos ainda têm dificuldade em compreender se algo é vivo ou não. Com isso, podem interpretar a IA como alguém real — capaz de pensar, sentir e entender seus problemas.

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O uso de assistentes virtuais como Alexa e Siri já mostrava essa tendência. Agora, com a chegada de chatbots que simulam empatia e diálogo contínuo, surgem relações parassociais — conexões afetivas com seres que não retribuem de forma genuína. Antes associadas a celebridades, essas relações hoje se expandem para inteligências artificiais.

Casos recentes mostram que o problema pode ir além da inocência infantil. Nos Estados Unidos, dois adolescentes desenvolveram dependência emocional de chatbots, e um deles, Adam Raine, acabou tirando a própria vida após receber respostas inadequadas da IA. O caso gerou o primeiro processo judicial contra a OpenAI por homicídio culposo.

Especialistas defendem que o diálogo com tecnologias inteligentes seja mediado por adultos, e que o tempo de tela seja monitorado — especialmente em interações com sistemas que simulam empatia ou amizade.

No Brasil, o Projeto de Lei 2628/2022, que tramita no Senado, busca proteger crianças e adolescentes de conteúdos nocivos e práticas abusivas online, mas ainda não inclui medidas específicas sobre o uso de Inteligência Artificial.

(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Frimufilms)

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