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Nova falha na Cloudflare derruba sites e serviços pelo mundo

Manutenção programada gerou efeito cascata e afetou redes sociais, jogos e aplicativos

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Cloudflare – A Cloudflare voltou a registrar instabilidade na manhã desta sexta-feira (5), provocando a interrupção de serviços em grandes plataformas como LinkedIn, Substack e Fortnite. O episódio mostrou novamente como falhas em componentes centrais da infraestrutura da internet se propagam rapidamente, impactando milhões de pessoas em pouco tempo.

Este é o segundo problema significativo em menos de um mês, reforçando a discussão sobre a dependência mundial de poucos provedores essenciais. A empresa conseguiu resolver o defeito rapidamente – o ajuste foi aplicado em alguns minutos – mas houve reflexos imediatos, como bloqueio de tráfego legítimo em sistemas de segurança e queda nas ações da companhia.

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Manutenção nos EUA tem reação em cadeia

A falha começou no início do dia. Antes das 6h (horário de Brasília), já circulavam relatos no Downdetector e em redes sociais sobre a queda de serviços. A Cloudflare confirmou a instabilidade às 5h56 (horário de Brasília) e, desde o começo, destacou que o problema seria mais curto do que o apagão recente registrado semanas antes.

Mesmo assim, o efeito cascata tomou forma rapidamente: LinkedIn, Fortnite, Downdetector, Coinbase, Doordash, Shopify, Claude, League of Legends, Zoom, Substack, HSBC, Deliveroo, Android Authority, Canva e CrunchyRoll, entre outros, sofreram oscilações ou ficaram completamente inacessíveis.

Pouco depois, veio a explicação oficial. A companhia afirmou que realizava uma manutenção programada em data centers nos EUA – especificamente em Chicago e Detroit – quando o erro ocorreu. O impacto foi tão amplo que o próprio painel de status da Cloudflare ficou fora do ar.

As correções começaram logo em seguida. Às 6h12 (horário de Brasília), a empresa comunicou que havia implementado um fix, e a normalização do tráfego avançou ao longo da manhã.

A Cloudflare também reforçou que não havia qualquer indício de ataque cibernético ou problema relacionado ao DNS. Em nota, declarou: “Forneceremos atualizações conforme necessário”.

No mercado financeiro, o impacto imediato foi uma queda de 4,5% nas ações no pré-mercado, com parte das perdas sendo revertida após o anúncio do reparo, estabilizando o papel em baixa de cerca de 2%.

Dependência de poucos

Fundada em 2009, a Cloudflare é uma empresa norte-americana de infraestrutura que atua como uma camada intermediária entre usuários e sites. A companhia oferece serviços de segurança, otimização e estabilidade, funcionando como um elo entre o navegador e o servidor alvo.

Isso é possível graças à sua CDN (Content Delivery Network), uma rede de distribuição que replica dados em servidores espalhados por diferentes países. Esse modelo reduz a latência – o tempo de viagem da informação – e torna ataques mais difíceis. Em média, a infraestrutura da empresa processa 78 milhões de requisições HTTP por segundo.

Por isso, seus incidentes se multiplicam rapidamente. A falha desta sexta-feira (5) é a segunda grande ocorrência em poucas semanas. O episódio anterior, em novembro, foi mais sério e durou horas, deixando plataformas como X/Twitter ChatGPT fora do ar.

Naquela ocasião, o CEO Matthew Prince classificou o evento como “o pior colapso que a empresa enfrentou desde 2019”.

A origem do problema foi um erro no sistema de proteção contra ataques DDoS (Distributed Denial of Service), que sobrecarregam servidores até que parem de responder.

Quando um componente dessa camada compartilhada falha, o resultado é uma interrupção em cadeia: uma única falha na Cloudflare pode derrubar milhões de sites ao mesmo tempo, já que boa parte da web depende de sua infraestrutura.

Após o apagão de novembro, a empresa anunciou quatro medidas emergenciais para reduzir risco de novos incidentes:

* Validação mais rígida de arquivos internos, como já ocorre com entradas de usuários;
* Ampliação dos mecanismos de desligamento rápido de funcionalidades;
* Contenção da sobrecarga causada por relatórios de erro;
* Revisão abrangente das falhas possíveis nos módulos críticos do proxy.

(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik)

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