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Parceria desenvolve primeiro data center flutuante sobre o mar

Parceria entre gigante japonesa e empresa turca dá início a uma nova era de infraestrutura digital móvel, sustentável e marítima

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Data center – Uma nova fronteira tecnológica começa a ganhar forma sobre as águas. A Mitsui O.S.K. Lines (MOL), tradicional empresa japonesa do setor logístico marítimo, anunciou uma aliança estratégica com a Kinetics, subsidiária da turca Karpowership, para desenvolver o que consideram ser o primeiro data center flutuante integrado do mundo.
A proposta vai além da simples instalação de servidores em embarcações. O plano envolve a criação de estruturas móveis com capacidades que variam entre 20 e 73 megawatts, capazes de operar de forma autossuficiente, sustentável e com rápida implantação em qualquer região do planeta. Essa combinação dá origem a um novo conceito de infraestrutura: digital, energética e escalável — tudo sobre o mar.

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Tecnologia sobre as ondas

A iniciativa se apoia no histórico da Karpowership, que há mais de 20 anos opera a maior frota global de usinas elétricas flutuantes, os chamados Powerships. Com mais de 6.000 megawatts de capacidade instalada, essas embarcações já atendem regiões da Ásia, África, América Latina e Oriente Médio com motores movidos a gás natural e óleo combustível com baixo teor de enxofre.
A MOL, por sua vez, traz décadas de experiência no transporte marítimo internacional. A união dessas expertises busca atender a uma demanda crescente por soluções digitais de alto desempenho, especialmente diante do avanço da inteligência artificial, 5G e computação de borda.

Benefícios estratégicos e operacionais

Entre os principais diferenciais do projeto estão a agilidade de implantação e a mobilidade das embarcações, que podem ser deslocadas conforme a necessidade regional. Por estarem fora do ambiente urbano, evitam os longos trâmites de licenciamento ambiental e burocracias locais. Além disso, os data centers contarão com energia gerada a bordo e possibilidade de integração com fontes renováveis, como turbinas eólicas offshore, painéis solares ou até a rede elétrica convencional.
Outro ponto forte é a escalabilidade modular. Novos navios, módulos ou conexões podem ser adicionados ao sistema conforme a demanda de dados aumenta, oferecendo uma solução flexível para empresas e governos em busca de capacidade computacional estratégica.

Desafios à vista

Apesar das promessas, a proposta ainda enfrenta desafios importantes. Entre eles estão questões de latência e conectividade — que podem variar conforme a localização do navio —, custos operacionais de longo prazo e dúvidas jurídicas sobre soberania e proteção de dados em águas internacionais.
Além disso, o impacto ambiental do funcionamento contínuo das embarcações, mesmo com o uso de combustíveis menos poluentes, deve ser analisado com rigor, especialmente em relação à fauna e aos ecossistemas marinhos.

Tendência ou experimento?

O projeto da MOL e da Karpowership se soma a outras iniciativas que exploram soluções fora do convencional para data centers. A exemplo disso está o Project Natick, da Microsoft, que testou centros de dados submersos, e startups que desenvolvem tecnologias para ambientes extremos.
Mais do que uma curiosidade tecnológica, os data centers flutuantes emergem como resposta às limitações dos espaços urbanos e às exigências crescentes por infraestrutura digital resiliente e sustentável. Em um cenário global marcado por crises ambientais, demanda exponencial por dados e necessidade de descentralização, a proposta pode representar não apenas uma inovação — mas um novo capítulo na transformação digital.

(Com informações de Itshow)
(Foto: Reprodução/Freepik/Dinesharts)

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